domingo, 29 de novembro de 2015

Os cinco princípios do Reiki


A prática do Reiki tem cinco princípios básicos que foram estabelecidos por Mikao Usui . Esses princípios foram criados com o propósito de estimular a reflexão e a cura mental, portanto não devem ser entendidos como uma lista de regras.
 
Só por hoje:
Estar presente é muito importante para que a pessoa sinta a vida e seja verdadeiramente feliz.
Aqui (Espaço) Agora (Tempo). Ancorar o viver nessa sintonia é o que proporciona o verdadeiro bem estar.
Considerar o momento presente não significa que estará anulando o passado e o futuro, mas sim considerar que no aqui agora estão ás experiências, o self e os planos.  Viver o agora é imprescindível para a construção de um futuro pleno.

 Primeiro Princípio: Só por hoje não sinta raiva
A raiva é um veneno que prejudica o organismo, consome enorme energia do nosso cérebro, sistema nervoso e órgãos vitais.  Cultivar a paz e tolerância traz equilíbrio e prosperidade. 

Segundo Princípio: Só por hoje não se preocupe
Toda preocupação vem carregada de fantasia que é construída pela imaginação.
Pré-ocupar-se é o mesmo que imaginar antecipadamente possíveis problemas relacionados à vida.

Terceiro Princípio: Só por hoje seja grato
O sentimento de gratidão é nobre e beneficia o emocional. Sentir-se grato é reconhecer o que foi recebido de alguém, do universo e da vida. O sentimento de gratidão é transformador.

Quarto Princípio: Só por hoje cumpra suas obrigações com retidão
Cumprir o dever, a missão e as responsabilidades, com consciência proporciona bem estar e equilíbrio físico e mental. 

Quinto Princípio: Só por hoje seja gentil com todos os seres
Gentileza é amabilidade, delicadeza, uma maneira de demonstrar atenção e cuidado. Ser gentil torna os relacionamentos mais humanos e melhora o convívio entre as pessoas quando é praticado com sinceridade e simplicidade. 

Os preceitos do Reiki não pregam uma filosofia, um credo ou uma religião, mas um modo de viver baseado na calma, na confiança, na gratidão, na honestidade, na justiça e na bondade.
Namastê!

Texto escrito por: Helen Cristina Sellmer Zeviani
Psicóloga Clínica de Orientação Junguiana e Terapeuta Holística
Contato: (11) 3446-8110 e (11) 99825-6475

 
Fonte: O legado do Dr. Mikao Usui

 
 

domingo, 22 de novembro de 2015

Normose - A Normalidade Doentia


Esse texto aponta considerações sobre a normose, suas características e critérios para que se possa afirmar se uma pessoa ou uma época são normóticas.
Normose é uma normalidade doentia e pode ser definida como um conjunto de normas, conceitos, valores, estereótipos, hábitos de agir e pensar que são aprovados pela maioria em uma determinada sociedade e que provocam sofrimento, doença e até morte. É a estagnação do desejo, que impede o fluxo evolutivo e a necessidade constante de ser como os outros.
Seguir normas cegamente, sem escutar a voz interior é o mesmo que tornar-se escravo e tomar consciência da normose e o que está causando a mesma é libertador.
A normose se inicia quando a criança passa a querer corresponder á imagem que os pais têm dela, nessa tentativa a criança terá medo de não conseguir corresponder e frustrar aos seus pais.
Na fase adulta, numa escolha profissional, por exemplo, a pessoa pode buscar atender ao desejo proveniente do meio familiar ao invés de ouvir o seu próprio desejo e o mesmo pode ocorrer na escolha de um cônjuge e outras situações em que a pessoa entra num “conformismo” e acomodação, fazendo escolhas que poderão “satisfazer” as expectativas de todos, menos as suas mais íntimas necessidades.
Não se trata da questão de dizer que o que os pais, familiares e a sociedade como um todo querem e sugerem seja ruim, mas trata-se de não se esquecer do íntimo que habita em nós.
A proposta em psicoterapia é identificar o que é desejo íntimo e profundo do ser e o que é busca de correspondência dos desejos dos pais e ou sociedade. A psicoterapia tem por objetivo auxiliar a pessoa no encontro da sua identidade e autenticidade que é perdida ou abandonada ao longo da vida pelo medo de que se perca o que foi construído no ambiente das relações parentais, familiares e sociais.
O desafio é estabelecer a diferenciação das imagens de homens e mulheres que a sociedade incute em nós e nesta etapa surge o chamado “complexo de Jonas” que é o medo da própria grandeza e o conflito entre a exigência de justiça e verdade e a exigência de uma realidade que, nele, é maior do que a verdade e a justiça.
Outro fator que leva a pessoa a viver a normose é a comparação. Cada um de nós tem seu talento e habilidade própria que deve ser considerada e valorizada por nós possibilitando assim o desenvolvimento pessoal a partir de sua própria vocação e não a partir de um único padrão. “O grande arquiteto da vida providenciou que houvesse flores de todas as cores, para que um jardim pudesse exalar a natural harmonia decorrente da unidade na diversidade” (Roberto Crema).
Há como comparar uma rosa e um jasmim ou uma margarida? Escolher a comparação é optar pelo constante sofrimento.
Existe também a normose do “paraíso perdido” em que a pessoa acredita na possibilidade de felicidade permanente e absoluta e a busca fora de si, num casamento, por exemplo, no trabalho, num amigo e nessa busca externa decorre a infelicidade.
A normose da separatividade está caracterizada pelas atitudes e sentimentos de apego, rejeição a tudo o que causa dor ou ameaça, possessividade, ciúmes, competição, rivalidade, orgulho e vaidade quando se tem apego a uma auto-imagem de superioridade perante aos outros, medo, agressão e raiva. Emoções e sentimentos destrutivos refletem em nosso organismo, sob forma de tensão, atacando o sistema endócrino e provocando o adoecimento.
Há a normose do consumismo, normose na área da alimentação com o consumo exagerado de alimentos que não são saudáveis, alimentos industrializados, enlatados, refinados, corantes, normose do alcoolismo e tabaco, normose da invisibilidade social, normose do uso excessivo da tecnologia, normose política em que valores éticos são trocados pelo desejo de poder.
A espontaneidade é o que nos tira da normose, o despertar! (Moreno).
O existencial precisa ser cuidado para que o essencial transpareça. O saudável é ter qualidade de vida e bem estar.
 
 Texto escrito por: Helen Cristina Sellmer Zeviani
 Psicologa Clínica – CRP:06/87036 SP
 Contato: (11) 3446-8110 e (11) 99825-6475 
 
Fonte: Livro  Normose – A Patologia da Normalidade – Autor Jean Yves Leloup e Roberto Crema – Editora Versus
 

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

O que é Psicoterapia ?

A psicoterapia analítica tem como meta ajudar o indivíduo a retomar sua essência, desenvolver sua personalidade através do processo de individuação, buscar o seu verdadeiro propósito de vida, permitir o fortalecimento do seu potencial, criatividade e capacidade de lidar com problemas que não consegue resolver sozinho, de modo mais tranquilo e seguro.
A psicoterapia é uma contribuição, convite e ferramenta para o crescimento e os motivos que levam as pessoas ao consultório são diversos desde uma busca de auto conhecimento  até  a resolução de problemas que de alguma maneira causam sofrimento emocional.
Durante a sessão psicoterapêutica de direção Junguiana , analista e paciente sentam-se frente à frente e nessa abordagem é feita uma busca relacionada aos aspectos inconscientes da personalidade, utilizando-se de métodos como análise de sonhos, expressões artísticas, imaginação ativa entre outros.  O terapeuta se abre para a realidade singular que se apresenta a cada sessão e é fundamental que o paciente sinta confiança no profissional, que se sinta seguro e á vontade em um ambiente acolhedor.
A conscientização das emoções, conflitos e o enfrentamento das fraquezas, complexos, traumas é uma travessia muitas vezes permeada por dor e contato com o nosso lado sombrio, lado este que passa a ser iluminado após seu reconhecimento.
A psicoterapia promove uma re-visão da vida, de valores , um voltar-se para dentro, e um questionamento sobre o sentido da própria existência.
“Sou eu próprio uma questão colocada ao mundo e devo fornecer minha resposta, caso contrário, estarei reduzido à resposta que o mundo me der” (Carl G. Jung)
Sempre é tempo de fazer psicoterapia, pois o que está presente em nossa consciência é o “piloto automático” e isso nos distância de vivenciar a plenitude.
O projeto da mente é para a plenitude e através da mente e as funções psíquicas, recebemos energia de vida e configuramos o nosso mundo interno  de harmonia ou desarmonia. Um terapeuta que faça um bom trabalho com seu paciente inevitavelmente irá levá-lo a querer ir além, na busca constante de sua integralidade e empenho direcionado a evolução.
“Somente o que realmente somos tem o poder de nos curar” (Carl G. Jung)
Fazer psicoterapia é conquistar o sentimento de unidade com a vida!

Texto escrito por: Helen Cristina Sellmer  Zeviani
Psicóloga Clínica – CRP: 06/87036 SP

Contato: (11) 3446-8110 e (11) 99825-6475

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Onde está a felicidade?

 

Quase todas as nossas ações são permeadas pelo desejo de encontrar a felicidade, pessoas buscam posição, casamento, reputação, sucesso externo, dinheiro como sentido da felicidade, pois vivemos em uma sociedade capitalista em que há a fantasia de que o consumo traz felicidade, porém ao ambicionar por mais aquisições sempre se é gerado mais angústia.
A felicidade autêntica é de dentro para fora, um estado de ser independente do ter, fazer ou receber.
Quando a busca da felicidade é pautada em valores éticos, pessoais e subjetivos e menos ligada á satisfação imediata e materialismo, existe uma maturidade psicológica.
Felicidade não é sinônimo de ausência de problemas, mas sim a capacidade de administrar os problemas.
“A felicidade perderia seu significado se não fosse equilibrada pela tristeza” (Carl G. Jung).
Em 1960 Carl Gustav Jung respondeu em uma entrevista ao jornalista Gordon Young que o seu conceito de felicidade defini-se em:
ü  Boa saúde física e mental;
ü  Boas relações pessoais e íntimas;
ü  A faculdade de perceber a beleza da arte e natureza;
ü  Padrão de vida razoável e salário satisfatório e
ü  Um ponto de vista filosófico ou religioso capaz de lidar com o sucesso e vicissitudes.
Segundo Jung, todos os fatores que são geralmente assumidos para fazer a felicidade podem em determinadas circunstâncias, produzir o contrário.
Não importa como ideal a sua situação possa ser, ela não garante necessariamente, a felicidade.
Quando a pessoa se propõe a passar pelo processo de individuação, passa a existir uma possibilidade de vida plena e o conhecer-se profundamente é também um caminho no sentido da felicidade.
Para muitas pessoas a felicidade pode ser representada por um dia de sol, um cantar de pássaro, um sentir-se parte do todo, ter alegria gratuita, sentir-se grato, disposto a doar amor, atenção, servir.
”Felicidade é acordar com o sentimento de gratidão por estar vivo mais um dia no planeta Terra e poder seguir a missão de partilhar saberes e alegria” (Dalai-Lama)
A felicidade é diferente da alegria, a alegria é uma satisfação momentânea como a conquista de um objetivo, por exemplo, e a felicidade é o estado em que a pessoa se sente bem consigo mesmo.
O estado de felicidade genuína promove relações mais harmoniosas, combate a ansiedade, compulsões etc. A pessoa que está num estado de felicidade tem mais sucesso, saúde e facilidade para absorver conhecimento e este estado é alcançado quando a pessoa constrói uma vida com conteúdo, significados e amplia seu horizonte espiritual na busca de evoluir para ser feliz e ser feliz para evoluir.
Ser feliz é uma decisão!
 
 
Fonte: Dra. Vera Saldanha – Psicóloga Transpessoal – Texto Felicidade Autêntica
Vídeo trecho do filme Eu Maior sobre o conceito de felicidade - YouTube

Texto escrito por: Helen Cristina Sellmer Zeviani

Psicóloga Clínica

CRP: 06/87036-SP

Contato: (11) 3446-8110 e (11) 99825-6475

Abuso Sexual Infantil

 
Escrevo este artigo com o objetivo de ajudar as crianças que a cada vez mais estão sendo vítimas de violência e abuso infantil.
 
Através deste texto, convido todos á uma reflexão sobre esse chocante tema do abuso sexual infantil que é hoje um grave problema de saúde pública segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde).
 
As vítimas de abuso sexual são crianças e adolescentes de ambos os sexos e todas as classes sociais.
 
O abuso sexual infantil é definido por práticas eróticas e sexuais impostas às crianças ou adolescentes por violência física, ameaça ou indução e podem variar desde atos em que não existam contato físico (assédio, voyeurismo, exibicionismo) e outros diferentes atos com contato físico.
 
Vale ressaltar que a indução, sedução e erotização de uma criança já se considera abuso.
 
Entre os adultos o abuso sexual é definido como todo relacionamento em que a sexualidade é explorada sem o consentimento de uma das partes envolvidas.
 
O abuso sexual infantil gera problemas sociais, psicológicos e cognitivos por toda a vida e feridas profundas que podem ser invisíveis, pois muitos silenciam perante esse tema.
 
 A criança abusada pode vir a negar ou reprimir os seus sentimentos decorrentes do ato abusivo, pois ela se sente em conflito entre ter que ser fiel ao abusador (Que a ameaça e que normalmente a agrada), não contando a ninguém o que está acontecendo.
 
O conflito se dá porque a criança não tem consciência de que o que está acontecendo é errado, mas a sua sensação é de um profundo abandono. A criança sente medo de que o abusador possa vir a se vingar dela ou de sua família, caso ela conte a alguém, pode sentir também vergonha e até medo de que a sua família se desfaça caso o “segredo” seja revelado.
 
Normalmente a sexualidade é uma expressão do amor e quando essa é violada, torna-se uma agressão e traição ao amor.
 
É preciso que pais e cuidadores fiquem atentos, pois de alguma maneira a criança vai manifestar que algo está errado com ela, seja no sono, na alimentação, no rendimento escolar, por isso é importante conhecer bem a sua criança, certamente se um abuso estiver ocorrendo, ela dará sinais mesmo que sutis.
 
 A vivacidade infantil da criança que está sendo abusada se apaga e ela pode manifestar que seu corpo é sujo.
 
Os sintomas mais comuns apresentados são:

·         Transtorno de stress pós traumático;
·         Angústia;
·         Dificuldade de concentração;
·         Irritabilidade;
·         Terror noturno;
·         Lapsos de memória;
·         Transtorno de ansiedade;
·         Depressão;
·         Isolamento social;
·         Raiva;
·         Hostilidade;
·         Problemas gástricos;
·         Encoprese;
·         Enurese;
·         Reações fóbicas;
·         Transtornos alimentares;
·         Baixo rendimento escolar;
·         Medo;
·         Baixa auto estima.

A maioria dos estudos apontam, que grande parte dos abusos sexuais contra a infância e adolescência são cometidos por pessoas muito próximas.
 
Normalmente o agressor é alguém conhecido, carinhoso e que conquista a confiança de toda a família.
 
Os pais precisam manter um diálogo aberto e acolhedor com seus filhos.  Educação sexual não deve ser tabu, o assunto da sexualidade deve ser tratado de forma natural, se os pais expuserem para a criança que o sexo é uma coisa suja, o abusador vai se aproveitar disso.
 
A criança precisa ter consciência de que está sendo violada, pois muitas vezes ela não tem a compreensão do que está sendo feito com ela e ainda se sente culpada. Os pais devem ensinar a criança de maneira simples e objetiva, que o ato sexual entre criança e adulto é errado.
 
 Durante o banho ou higiene, por exemplo, é recomendável orientar aos filhos de que ninguém pode tocá-los fora desse contexto.
 
O desenvolvimento infantil acontece de maneira muito mais saudável se são mantidas relações estruturadas no âmbito familiar.  Relações bem estabelecidas entre pais e filhos perduram e influenciam toda a história da criança.
 
Toda criança sente prazer em seus genitais e é normal que elas se masturbem, apesar de muitos pais se sentirem chocados com isso, mas essa questão precisa ser tratada com naturalidade, elas não devem ser culpadas por suas sensações, precisam ser orientadas de que a situação com o agressor é errada.
 
O abuso sexual que se instala com a sedução, traz sensações fisiológicas de excitação que a criança não tem estrutura para elaborar psiquicamente. Isso gera uma hiperexcitação que pode se transformar em ansiedade ou hipersexualização em que ela é forçada a um desenvolvimento fálico ou genital precoce (ANNA FREUD, 1993, p. 14).
 
É preciso acolher nossas crianças e as que estão sendo violentadas precisam ter um acompanhamento psicológico com profissional capacitado.
 
A recuperação do trauma vai depender da idade em que a criança foi vítima, a proximidade com o abusador e o tempo em que a criança foi violentada.
 
No tratamento psicológico, o profissional precisa atender a criança, sempre respeitando os seus limites e também atender aos familiares orientando-os e também os acolhendo.

“O erotismo é uma interrogação e sempre será, o que quer que diga qualquer determinação futura.
Por um lado, ele pertence à natureza animal primitiva do homem, que existirá sempre enquanto o homem tiver um corpo animal. Por outro lado, porém, ele é aparentado às formas mais elevadas do espírito. Mas ele só floresce quando espírito e instinto estão na sintonia correta. Quando falta um desses aspectos ocorre um dano, ou pelo menos uma unilateralidade, um desequilíbrio, que pode facilmente desembocar em algo doentio (JUNG, 2005, p.31)”.

A participação de toda a sociedade é fundamental para que consigamos juntos extinguir à violência contra o menor. Divulguem este artigo para que o maior número de pais e cuidadores recebam orientação e assim consigam prevenir que suas crianças não sofram essa agressão.

Texto escrito por: Helen Cristina Sellmer Zeviani
Psicóloga Clínica – CRP: 06/87036 SP
Contato: (11) 3446-8110 e (11) 99825-6475

Fonte: Ministério da Saúde, 2002b

Vídeo sobre a prevenção do abuso sexual infantil

Fonte: Youtube

Cancer de Mama - Outubro Rosa

A campanha de prevenção ao Câncer de Mama está chegando ao final, mas é sempre importante alertar as mulheres sobre os riscos desse tipo de Câncer que pode ser evitado com o conhecimento do próprio corpo e o auto exame.

O câncer de mama é uma doença resultante da multiplicação de células anormais da
mama, que forma um tumor.

Há vários tipos de câncer de mama. Alguns se desenvolvem rapidamente, outros não.

Os principais sintomas do câncer de mama são:

· Caroço (nódulo) fixo, endurecido e geralmente indolor;

· Pele da mama avermelhada ou parecida com casca de laranja;

· Pequenos nódulos na região das axilas ou no pescoço;

· Saída espontânea de líquido dos mamilos.

 Ao identificar qualquer alteração persistente nas mamas um médico deverá ser consultado.

O diagnóstico precoce, informação e tratamento adequado aumentam as chances de cura.

 Previna-se!



 Fonte: INCA (Instituto Nacional do Câncer)

Assédio Moral ou Complexo de Superioridade

Esse é um tema muito importante, pois cada vez mais pessoas, vem sendo atingidas por esse problema social e o assédio moral não atinge somente a vítima mas também a todos que com ela convivem, pois cria-se um ambiente de medo.

O opressor muitas vezes repete o que um dia aconteceu com ele e tem no arquétipo de opressor um escudo para proteger e não frustrar o seu ego, pois demonstrando superioridade o mesmo consegue manipular e gerenciar suas vítimas eis que ele retira delas a opção de pensar e se expressar. O opressor exige que tudo seja feito conforme suas ordens e seu gosto, sempre humilhando ao outro e o mesmo intimida sua vítima acreditando ser esse um direito seu.

Assediar moralmente é expor ao outro á condições degradantes fazendo com que a pessoa se sinta humilhada, desestabilizada e insegura. É um conjunto de violências psicológicas intencionais que podem acontecer de forma direta ou indireta de modo repetitivo e sistematizado com comentários críticos constantes, condutas abusivas manifestadas por meio de palavras, gestos e atitudes causando danos à personalidade, a dignidade ou a integridade física ou psíquica de uma pessoa.

Uma discussão pontual ou uma reação mal humorada de alguém não deve ser considerada assédio moral, pois o que o caracteriza é a frequência do acontecimento.

O assédio moral pode acontecer em qualquer tipo de relação, entre pais e filhos, no âmbito familiar, entre amigos, namorados, mas hoje tem sido um dos maiores problemas de desgaste psicossocial nas empresas.

Nas empresas o assédio moral acontece tanto entre aquele que detém e o que é submetido ao poder, como também entre colegas que estão no mesmo nível hierárquico e acontece também de baixo para cima, por meio de chantagens e boicotes feitos por grupos de funcionários com a intenção de "derrubar" a vítima de um cargo superior.

A dor da vítima que sofre de assédio moral pode ser invisível, pois as pessoas que convivem com ela e presenciam o assédio podem não esboçar reação e passar a ignorar o assediado por medo de vir a sofrer o mesmo.

Um fator que implica na dificuldade de combater esse problema é que a vítima é tão manipulada que muitas vezes acaba se sentindo culpada e por conta disso não toma nenhuma ação.  Quando o assédio acontece no âmbito familiar ou entre casais, por exemplo, a vítima se torna escrava sentimental, sua auto estima é rebaixada e o relacionamento se torna tóxico.

Os indícios de que uma pessoa pode estar sendo assediada moralmente são:

* Isolamento;
* Dificuldade de comunicação;    
* Exclusão de atividades sociais;    
* Responsabilização por erros cometidos por outras pessoas.

A vítima também passa a apresentar sintomas psicossomáticos como dores de cabeça constantes, transtornos digestivos, cardiovasculares, insônia, ansiedade, depressão, estresse, irritabilidade, fobias, aumento ou perda exagerada de peso, dificuldade de atenção, aumento da pressão arterial entre outros.

Buscar ajuda psicológica e denunciar o assédio é fundamental para que tenhamos uma sociedade mais justa, solidária e fraterna.

É preciso que as pessoas saibam que não precisam passar por humilhações de qualquer gênero, que merecem ser reconhecidas e respeitadas dentro de sua singularidade. A pessoa insegura é mais vulnerável ao assédio, portanto é muito importante que as pessoas reconheçam suas limitações e busquem ajuda psicológica.

No caso do opressor é importante pensar que este é também um ser humano doente, pois as pessoas que realmente possuem amor, respeito próprio, paz interior e maturidade não possuem disposição para humilhar ao outro. Cada pessoa oferece ao seu próximo aquilo que ela tem dentro do seu coração, não se dá o que não se tem e a evolução acontece quando o opressor percebe que o complexo de superioridade não o faz melhor que ninguém.


Fonte:Psicologia em Revista

Publicado por: HELEN CRISTINA SELLMER ZEVIANI

Psicóloga Clínica

Contato: (11) 3446-8110 e (11) 99825-6475

Crise da meia idade - Generatividade X Estagnação

A chamada "idade madura" se inicia por volta dos 40 anos, sendo comum que as pessoas nesta faixa etária façam mudanças em seu estilo de vida, que revisem e reavaliem a sua existência e escolhas.

Há o enriquecimento da personalidade, mas também um dilema interno que vem com a percepção de que o êxito pelas conquistas alcançadas durante a vida nem sempre é duradouro. Com intenção de fazer valer seus esforços, surge a necessidade de ensinar, de se doar, para que haja continuidade ao que foi construído, para que seu legado seja perpetuado. Quando em excesso, essa atitude pode levar ao autoritarismo.

Conforme a teoria do desenvolvimento psicossocial, neste estágio da vida, a pessoa pode desenvolver a generatividade, que possibilita influenciar as próximas gerações com os seus feitos ou, ao contrário, experimentar a estagnação.

As mulheres tendem a se culpar pelas renúncias feitas em prol da família e os homens têm a tendência a buscar mais desafios e excitação, exibindo nostalgia por sua adolescência, sendo comum em ambos os casos, a busca por uma série de mudanças, inclusive relacionadas à aparência física.

É um momento de transição e a ele podem estar associados alguns eventos como, por exemplo, a aposentadoria, a saída dos filhos de casa, adoecimentos, menopausa, morte dos pais, casos extraconjugais, dentre outros.

A consciência do fim da juventude e iminência da velhice desencadeiam o processo, pois a pessoa passa a considerar  possibilidades de grandes perdas físicas, congnitivas e emocionais, envolvendo, portanto, aspectos biológicos, socioculturais e psicológicos conscientes e inconscientes.

Até algumas décadas, a forma mais apropriada de viver a idade madura era casando e criando filhos. Hoje, essa perspectiva é ampliada, pois a generatividade pode ser expressa em diversos planos relacionais, inclusive no que diz respeito à carreira e não mais somente na família. Vale aqui salientar que ambientes competitivos, no meio social ou profissional, podem intensificar os conflitos internos.

A crise da idade madura está relacionada ao processo de individuação, processo este que, segundo Jung, nem todos conseguem completar com êxito. É o momento da autoconsciência, pois na primeira metade da vida a energia é canalizada para o mundo externo e nessa fase em questão, passa a ser canalizada para o mundo interno, para o mais profundo do nosso ser e ao que ainda podemos vir a ser.


Os aspectos positivos observados que compreendem essa fase da vida são:

- A pessoa passa a compreender melhor os seus próprios comportamentos, escolhas e os motivos de suas escolhas;

- Os relacionamentos íntimos se tornam mais satisfatórios e seguros;

- Passa a ter maior equilíbrio e presença social;

- É produtiva, responsável e realiza seus planos;

- Torna-se mais calma, transmite tranquilidade, sendo socialmente mais habilidosa e flexível;

- Valoriza sua independência e autonomia;

- Desperta afeto, aceitação e tende a se tornar mais carismática e comunicativa.



 Em contrapartida, os aspectos negativos são:


- O Ego se torna mais frágil e a pessoa não se adapta muito facilmente ao estresse;

- Torna-se defensiva, reage às frustrações e irrita-se com facilidade, não se sentindo confortável com incertezas e complexidades;

- Rejeita pensamentos e experiências negativas;

- Torna-se vulnerável à ansiedade, medos e preocupações;

- Sente-se lesada e vitimizada pela vida.

A psicoterapia e diversas terapias holísticas podem ajudar nesse momento de reencontro consigo mesmo, nas resignificações que esta etapa da vida exige e na busca individual por atividades que tragam prazer e qualidade de vida. A fase da idade madura compreende, portanto, um momento de conciliação entre a vida já vivida e a que se pode e se quer viver.



Fonte:

PAPALIA, E.D.; OLDS, S.W & FELDMAN, R.D. Desenvolvimento Humano. Porto Alegre:
ArtMed, 10ª ed., 2010.

DOCTER, P.; PETERSON, B. Up - Altas Aventuras. 2011.

RABELLO, E.T.; PASSOS, J.S. Erikson e a teoria psicossocial do desenvolvimento.Portal Brasileiro de Análise Transacional.
RJ, n.12, 2014. Disponível em: http://www.josesilveira.com/artigos/erikson.pdf.
Acesso em 15 abril 2015.


Helen Cristina Sellmer Zeviani

Psicóloga - Jundiaí/SP

CRP: 06/87036

Contato: (011)3446-8110 e (11) 99825-6475

Dependência Emocional e Codependência

A dependência emocional é uma patologia que provoca muito sofrimento psíquico e ansiedade, trata-se de um transtorno de personalidade dependente em que a pessoa se apoia e confia no outro para dar sentido a sua existência.

O dependente emocional é controlado e manipulado pelo outro, está sempre em posição de submissão, tem medo de desagradar, portanto tem medo de manifestar a sua opinião, com isso se anula e muitas vezes isso acontece a tal ponto em que ela perde a sua identidade.

A pessoa que sofre desta patologia vive em constante frustração, pois está sempre esperando que o outro seja recíproco a sua doação, portanto ela cobra e "sufoca" a(s) pessoa(s) da qual ela é dependente querendo atenção e compreensão o tempo todo. O seu pensamento se torna limitado à dependência e receber carinho é tão importante para o dependente que ele vai a extremos para isso, inclusive muitas vezes se submetendo a situações desagradáveis.

A dificuldade de ficar sozinho faz com que o dependente tenha a tendência a estar sempre envolvido em relacionamentos problemáticos, pois tem urgência em estar com alguém para se sentir cuidado e amparado. As suas responsabilidades são transferidas para o outro, pois a pessoa tem dificuldades em fazer escolhas e tomar decisões sem que antes o outro seja consultado.

Preocupações infundadas e dificuldade em traçar objetivos e colocá-los em prática também são características dessa patologia.

A dependência emocional começa a ser desenvolvida na infância, na relação que a criança tem com seus pais, portanto é importante que a criança tenha a oportunidade de exercitar sua independência e que seja reforçado que ela é capaz de fazer algo sozinho.

Os pais precisam compreender que superproteger os seus filhos os torna frágeis, portanto é muito importante que eles se sintam desde pequenos responsáveis por algo, que aprendam a se defender, que tenham sua autoestima conservada e sintam que merecem alcançar algo bom em suas vidas.

A criança que sofre abusos sexuais, verbais, físicos ou que não se sentem amadas e importantes tendem a desenvolver a dependência emocional.

Filhos de pais muito exigentes que tem dificuldade em reconhecer os acertos e supervalorizam os erros também podem se tornar dependentes emocionalmente.

A(s) pessoa(s) responsáveis pela "nutrição" da dependência emocional do outro, tornam-se codependentes e também precisam de auxílio.

O primeiro passo, para vencer a dependência emocional é ter consciência da dependência e através dessa consciência buscar reconhecer o seu valor,
trabalhar a percepção frágil e insegura que tem de si mesma.

A psicoterapia pode contribuir para que perceba que é possível você ter controle de si mesmo, dos seus sentimentos, emoções e que é muito gratificante poder fazer escolhas e tomar decisões.

Fazer amigos e construir uma rede de relacionamentos é importante, assim como não programar o seu dia a dia dependendo do outro, programe-se de acordo com as suas reais necessidades e priorize o que vai te fazer bem.

Reflita que você deve amar o outro como ele é com suas qualidades e defeitos e você também merece ser amado (a) da forma como você é, isso deve ser mais importante do que você amar o fato de estar sendo amada.

Você deve ser o sentido da sua felicidade, ame-se e dependa somente de você!



Postado por: Helen Cristina Sellmer Zeviani

Psicóloga - Jundiaí/SP

CRP: 06/87036

Contato: (11) 3446-8110 e (11) 99825-6475

Obesidade Infantil

A obesidade infantil é hoje um problema de ordem mundial. No Brasil, uma a cada três crianças estão com sobrepeso, o que corresponde a 33,5% das nossas crianças.

Esse texto apontará aspectos sobre o transtorno alimentar, as influências culturais e também tem a intenção de servir como alerta para pais, educadores e toda a sociedade.

Os principais riscos para as crianças obesas são:
- Elevação de triglicérides, colesterol, hipertensão, diabetes, doenças cardiovasculares, ácido úrico, alguns tipos de câncer, problemas ortopédicos, dermatológicos e respiratórios.
- Os fatores psicológicos de risco são a baixa autoestima, stress e depressão.

É fundamental nos atentarmos para o ambiente alimentar que construímos, pois esse determina a expectativa de vida
das nossas crianças.

O que você costuma oferecer ao seu filho no horário de lanche e durante as refeições?

Entre um pote de iogurte e uma fruta, qual costuma ser a sua opção?

O seu filho tem o hábito de tomar água? Com que frequência toma refrigerantes e sucos industrializados?

As nossas crianças estão ingerindo mais calorias do que deveriam e o consumo excessivo de açúcar é responsável pela morte de 35 milhões de pessoas no mundo, o que equivale á população do Canadá.

É muito importante que as crianças encontrem em seus pais e familiares um modelo saudável de alimentação. Não adianta reprimir a criança se os pais e as pessoas com as quais ela convive diariamente não comem frutas, verduras, legumes e fazem pratos fartos e gordurosos durante as refeições.

Muitas vezes as mães não conseguem cozinhar em casa por motivo da falta de tempo ou por trabalharem fora e assim a alimentação da família muitas vezes é baseada em sanduíches, pizzas e outros alimentos calóricos.

É preciso ter comida de verdade em casa e também é muito válido colocar a criança para participar da compra do
alimento no mercado, participar a criança do preparo dos alimentos em casa, conscientizar a criança sobre o que é saudável para o seu desenvolvimento, o valor de cada alimento e se possível plantar com a criança, fazer as refeições e os lanches junto com ela, desligar a TV e equipamentos eletrônicos na hora das refeições e zelar para não fazer da guloseima, uma forma de compensação.

Estudos apontam que a criança que é amamentada no seio materno é menos sujeita a engordar.

Comer não é só fonte de prazer, mas também tem uma função tranquilizadora e é uma forma que a criança encontra
de localizar e administrar a ansiedade, angústia, frustrações e limites do corpo. (Marchesini 1999)

Quando estamos tensos ou deprimidos, sentimos desejo de comer doces e carboidratos, pois esses ajudam a elevar os níveis de serotonina, isso somado a inatividade física agrava o problema.

Outro aspecto que potencializa o problema da obesidade é que as crianças hoje não brincam o suficiente para gastar suas energias, as crianças brincam com os dedos em Iphones, Ipods, etc. Além de que os pais sentem medo em deixar que seus filhos saiam de dentro de casa para brincar. Antigamente as crianças brincavam na rua e hoje brincam apertando botões de games e brinquedos que pulam, dançam, correm e cantam por elas, esse processo alimenta a indústria que fabrica esses brinquedos e também a indústria de propaganda, pois as crianças enjoam rápido desses brinquedos e logo pedem outro aos seus pais que acabam comprando, com isso o "brincar criativo" fica prejudicado. Conversar com a criança sobre o que aparece na mídia e estabelecer limites é fundamental.

Há também uma relação direta entre a obesidade infantil e o numero de horas em que a criança fica exposta no entretenimento da televisão e computadores. Hoje a capacidade onírica é transferida para a TV.

A criança obesa é estigmatizada, discriminada e recebe apelidos destrutivos a sua auto imagem.

 É importante comunicar á criança que ela é amada independente do seu peso, as crianças obesas precisam de suporte, aceitação e encorajamento por parte dos pais, precisam sentir que possuem espaço para expressar suas preocupações e anseios. Crianças obesas tem maior dificuldade em lidar com suas experiências no campo do prazer e em suas relações sociais, além de adiar satisfações (Campos 1993).

Os pais não devem também superproteger os seus filhos, pois crianças superprotegidas passam a ver o mundo como um espaço ameaçador, isso desencadeia a ansiedade e os deixa mais sujeitos a obesidade.

Combater a obesidade é uma luta que vale a pena, pois a cada cinco crianças obesas, quatro vão permanecer obesas na fase adulta.

O primeiro importante passo a ser dado é estimular a criança a ter consciência de seu corpo, procurar manter a criança entretida, ativa e buscar implantar para toda a família bons hábitos de vida.



Fonte:        
Mello Filho, J. : Burd, M: (org); Doença e Família;
Casa do Psicólogo; São Paulo; 2004. Obesidade e Família;
Filme: Muito Além do Peso (YouTube);

Helen Cristina Sellmer Zeviani

Psicóloga Clínica - CRP: 06/87036 SP

Contato: (11) 3446-8110 e (11) 99825-6475

Ser Psicólogo

Psicólogo é um profissional que, acima de tudo, possui respeito e amor pelo ser humano e se disponibiliza a trilhar, junto de seu paciente, caminhos por vezes difíceis e obscuros.

A função do psicólogo é acolher sem preconceitos, críticas ou julgamentos para que, através de técnicas e profundo conhecimento sobre o ser humano, possa auxiliar o outro em um mergulho para dentro de si próprio, visitando seus porões, enfrentando suas sombras e reconhecendo sua luz.

As pessoas procuram a ajuda de um psicólogo com a finalidade de encontrar soluções para questões que não conseguem resolver sozinhas, que estão gerando sofrimento emocional. Pela psicoterapia, são auxiliadas no entendimento da dor, com o objetivo de viver melhor, em um espaço seguro e sigiloso, no qual possam se sentir tranqüilos, acolhidos e confortáveis para expor seus sentimentos e sua realidade singular. Singularidade essa que é conhecida e acompanhada a cada sessão, com sensibilidade e técnica, o que possibilita chegar ao objetivo primordial que é amparar na busca por esperança e sentido para a vida.

A psicologia também tem contribuição científica e social e o profissional desta área deve sempre atuar de forma ética, com consciência e humildade, sabendo de suas possibilidades e limitações. Ser psicólogo é um ofício sério e um privilégio, pois toca no que há de mais sagrado em uma pessoa: a sua alma.

"O principal objetivo da terapia psicológica não é transportar o paciente para um impossível estado de felicidade, mas ajudá-lo a adquirir firmeza e paciência diante do sofrimento. A vida acontece num equilíbrio entre a alegria e a dor. Quem não se arrisca para além da realidade jamais encontrará a verdade"  (Carl Gustav Jung)



Postado por: Helen Cristina Sellmer Zeviani

Psicóloga Clínica - Jundiaí/SP

Contato: (11) 3446-8110 e (11) 99825-6475

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Síndrome do pensamento acelerado

SPA é a mais nova sigla, trata-se da Síndrome do Pensamento Acelerado, uma patologia moderna que é a dificuldade em relaxar a mente e este é um sintoma vinculado a um quadro de transtorno da ansiedade.

As pessoas que sofrem da SPA estão em constante insatisfação existencial e possuem de forma recorrente o sentimento de apreensão, falta de memória, déficit de atenção, irritabilidade, alteração no sono, oscilações de humor, cansaço físico (Que se dá porque o córtex cerebral "rouba" a energia que deveria ser utilizada em músculos e outros órgãos).

A origem desta nova síndrome está no ritmo acelerado das grandes cidades, no acúmulo de informações que as pessoas acabam adquirindo em sua rotina, nos excessos de obrigações, cobranças e pressões principalmente no campo profissional, tal como o uso excessivo da tecnologia e redes sociais.

O stress que é um dos fatores desencadeantes da SPA sempre existiu no mundo, mas o nível de cobrança hoje mudou. A sociedade e o próprio acúmulo de tarefas acabam exigindo que as pessoas ultrapassem os seus limites ao invés de reconhecer e ir até o limite.

Quando nos estressamos liberamos adrenalina e esta contrai os vasos e causa fadiga as nossas células gerando assim, os lapsos de memória.

Você já se questionou onde está o seu estímulo estressante?

Esse questionamento é muito importante, assim como buscar trabalhar o stress em seu favor e a forma de fazer isso é em primeiro lugar procurar descobrir quais são as suas competências e trabalhar de acordo com as limitações dessas, pois se você for se exigir mais do que está dentro das suas competências, você irá se estressar.
É importante também analisar sempre o tamanho do seu stress e procurar se questionar se a situação em que se encontra é construtiva e se lhe levará há algum lugar favorável.

A SPA não deve ser confundida com a Hiperatividade, pois embora os sintomas sejam semelhantes, na hiperatividade há uma carga genética, a agitação e inquietação já se manifestam na primeira infância, enquanto na SPA a inquietação é construída aos poucos ao longo dos anos.

Tanto na SPA como na Hiperatividade a pessoa não pensa antes de agir e tem dificuldade de se colocar no lugar do outro e tanto em uma como na outra se faz necessário gerenciar e proteger as emoções, inclusive permitir-se errar e dar o tempo para que as coisas se resolvam é importante no processo de superação.

O acúmulo de informações para as crianças e uso excessivo da memória provoca agitações, as deixam irritadiças e faz com que elas cometam os mesmos erros de forma repetitiva.

Aos pais é aconselhável que não se excedam também ao presentear os seus filhos, pois isso meche com os mecanismos endorfínicos do cérebro, o que levará a criança e adolescente a precisar cada vez mais de produtos para terem prazer.

A SPA pode levar a pessoa á depressão, síndrome do pânico e outras doenças psicossomáticas.

O tratamento da SPA requer esforço para que seja adotado um novo estilo de vida, como por exemplo, dormir mais cedo, praticar atividade física, lazer, fazer pausas durante o dia, ouvir música, exercitar a contemplação da natureza, organizar compromissos em ordem de prioridades, controlar as emoções, buscar não cobrar excessivamente aos outros e a si mesmo, ter qualidade de vida, alimentação equilibrada, beber água, buscar a espiritualidade e tratamento psicoterapêutico que é o que vai fortalecer o seu campo bioenergético e sua essência.

Muitas vezes o nosso corpo "grita" através da fadiga, insônia e outros sintomas, portanto fique alerta, não deixe para ouvir o seu corpo só quando ele parar em um hospital, respeite-se, ame-se, respire, permita-se e viva a vida no momento presente, saboreie cada parte do seu tempo, esteja no seu comando, abandone tudo o que tira a sua paz , busque ter humildade não para ser menos que ninguém mas sim igual a alguém que está em busca de uma vida construtiva, saudável e seja sempre feliz.

Síndrome do Pânico

Esse texto tem a finalidade de contribuir com esclarecimentos sobre o tema da Síndrome do Pânico que traz grande sofrimento para muitas pessoas.

O Pânico é um ataque de medo que não é simples, trata-se de um medo relacionado á existência em que a pessoa tem o pensamento imediato de que vai morrer. É um medo muito forte que bloqueia e engessa, uma ansiedade generalizada.

Estudos afirmam que o Pânico acomete a jovens e adultos, principalmente na faixa etária de 24 e 35 anos e sua maior incidência em mulheres.

A palavra Pânico origina-se do mito do deus Pã, que era considerado o deus dos campos, Pã era um deus extravagante, selvagem, imoral, tinha ligação forte com prazeres do corpo e afetividade.  Esse deus tinha por hábito assustar as pessoas com gritos. Num certo tempo o deus Pã passou a ser adorado em cavernas escuras e por esse aspecto associa-se hoje o pânico com a confrontação da pessoa com as suas sombras.

O conjunto de sintomas da Síndrome do Pânico são:

* Sudorese,

* Boca seca;

*  Tontura;

* Náusea;

*  Falt de ar;

* Palpitações,dor e desconforto no peito (A pessoa tende a achar que está tendo um infarto ou AVC);

*  Sentimento de perigo eminente, vontade de fugir;

* Tremores;

*  Dores abdominais;

*  Sensação de irrealidade;

* Medo de perder o controle;

* Medo de morrer ou ficar louco;

* Despersonalização.

Os sintomas aparecem de forma abrupta e inesperada, a crise tem duração média de 10 minutos e é bom saber que o Pânico não leva a pessoa ao desmaio.

As pessoas que sofrem da Síndrome do Pânico focam a atenção no seu mal estar físico e tem a tendência em procurar por médicos de emergência por acharem que estão morrendo e procuram também especialistas para tentar identificar as possíveis causas do mal súbito e se sentem angustiadas por descobrir após muitas consultas e exames que não há constatação de doença física.

O Pânico funciona como um aviso de que a pessoa precisa mudar a sua vida de alguma maneira, trata-se de um sinal de que algo está acontecendo de errado na sua rotina ou nas suas escolhas e é também o corpo dizendo que está extremamente estressado. O corpo manifesta os males da mente, muitas vezes as pessoas que passam por crises de pânico estão vivendo presas a velhos padrões culturais ou até padrões que foram herdados de seus pais que não são ideais para si próprias, possuem rigidez extrema de personalidade, reprimindo instintos preocupados com "O que as pessoas vão pensar sobre mim?" e assim vivem suas vidas em função de satisfazer as necessidades do outro, temendo rejeição e abandono.

Situações novas também geram angústia que quando não administrada pode levar a pessoa a sofrer a crise de pânico e assim, a vida passa a ser uma constante ameaça, pois se vive com pensamentos persecutórios de morte e a espera da próxima crise. Essa tensão, o medo do medo (Agorafobia) pode levar à depressão.

A família deve conhecer o assunto para ajudar quem está em sofrimento a enfrentar (Aos poucos) o problema.

O tratamento consiste em controle do stress, exercícios físicos, cuidar do que se assiste na TV (Principalmente antes de dormir), ouvir boa música, ler um bom livro, eliminar a pressa, silenciar a mente, procurar a formação de vínculos através da interação com grupos, ter bons relacionamentos, cuidar do ambiente em que se vive, ter qualidade de vida,usar técnicas de controle da respiração e relaxamento, procurar por uma religião, administrar o tempo, evitar frituras, excesso de sal, procurar por psicoterapia para identificar os possíveis conflitos existentes e se preciso for, fazer tratamento medicamentoso receitado por um especialista, para equilibrar a Serotonina e Noradrenalina.

O remédio é um facilitador e instrumento de cura, mas se não for realizada uma higiene mental, os sintomas tendem a se repetir sempre, portanto é muito importante o acompanhamento psicológico por profissional capacitado num tempo mínimo de seis meses a um ano em média.

Quando a pessoa supera o Pânico ela se torna muito melhor e muitos de seus valores são mudados. Coragem o Pânico é  um sinalizador para que você olhe mais para dentro de si mesmo e para a sua vida!!!



Escrito por: Helen Cristina Sellmer Zeviani

Psicóloga Clínica

Contato: (11) 3446-8110 e (11) 99825-6475