segunda-feira, 13 de março de 2017

O conceito de sombra e sua influências nas relações

  
A Sombra faz parte da natureza humana e significa os aspectos ocultos, reprimidos, negados e inconscientes do si mesmo.
Este conceito é um dos mais importantes, desenvolvido por Carl Gustav Jung dentro da Psicologia Analítica.
A Sombra funciona em nós como uma caixa em que guardamos tudo o que não se pode soltar para que a sociedade não nos rejeite, faz parte do nosso inconsciente e pode se manifestar através de sonhos e fantasias.
Familiares, professores, amigos, enfim toda sociedade na qual estamos inseridos criam o ambiente no qual aprendemos o que é comportamento moral e aceito, o ideal do ego. A maioria de nós se enquadra, mais ou menos, a esses padrões ideais, rejeitando, por exemplo, nosso lado agressivo, vingativo ou de impulsos sexuais incontroláveis, etc.    O que contradiz o ideal do ego é rejeitado, porém não deixa de existir, ao contrário, permanece dentro de nós e forma a segunda personalidade que a psicologia analítica denomina de sombra.
Quando reagimos de modo intenso a uma qualidade qualquer (preguiça, estupidez, sensualidade, espiritualidade, etc.) de uma pessoa ou grupo nos enchemos de grande aversão ou admiração, essa reação talvez seja a nossa sombra se revelando e nós nos projetamos ao atribuir essa qualidade à outra pessoa, num esforço inconsciente de excluí-la de nós mesmos.
A maneira mais comum, com que as pessoas tentam lidar com o problema da sombra é simplesmente negar a sua existência. Isso acontece porque o despertar da sombra traz culpa e tensão nos forçando, a uma difícil tarefa espiritual e psicológica. Por conseguinte, perdemos o contato com os aspectos positivos de conhecer esse lado obscuro de nós mesmos.
Esquecimentos inconscientes também podem ter suas raízes na sombra. Por exemplo, se alguém nos telefona convidando para uma festa e mesmo não querendo ir aceitamos o convite sem arranjar uma desculpa na hora, chegando o dia da festa é possível que “esqueçamos” de ir.
Assim, os lapsos de linguagem e esquecimentos inconscientes estão relacionados aos pensamentos e atitudes que, ao nível consciente, não somos capazes de aceitar.
Reconhecer a sobra é um processo perseverante, corajoso e paciente de autoconhecimento, o que pode proporcionar uma vivencia melhor com tudo o que há em nosso consciente e inconsciente. Essa é uma conquista de aprimoramento da personalidade e individuação.
A psicoterapia pode contribuir na difícil, porém fantástica tarefa do mergulho ao si mesmo!

Texto escrito por: Helen Cristina Sellmer Zeviani
Psicóloga Clínica
Contato: (11) 3446-8110 e (11) 99825-6475
Facebook: Psicóloga Helen Sellmer

Fonte:
Livro Ao Encontro da Sombra.
Livro Jung o Mapa da Alma

Livro Mal o Lado Sombrio da Realidade

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Ciúme e Posse


Quem é que nunca sentiu ciúme?
Sentir ciúme é normal, basta haver um relacionamento de amor que o ciúme pode acontecer pois tem ligação com o desejo de exclusividade ou pelo menos de ser o mais importante na vida do outro sem ter que “dividir” o amor, é uma disputa do espaço conquistado, um querer ter o objeto só para si.
O ciúme tem relação também com sentimentos de exclusão, baixa autoestima, inferioridade, carência e insegurança, porém nem toda pessoa ciumenta é possessiva.
Tanto no ciúme como na posse há o medo da perda, porém na posse há o desafio do poder, ou seja, a pessoa acha que tem poder e direito de controle sobre a vida do outro tornando o relacionamento destrutivo.
Quando a pessoa está tomada pelo sentimento de posse ela deixa de perceber e respeitar as vontades do outro e aí começa a cobrar satisfação de tudo o que diz respeito ao outro, há uma invasão de privacidade, exigências diversas, inclusive para que lhe sejam fornecidas senhas de celulares de redes sociais, conta de banco, etc.
O possessivo muitas vezes torna-se agressivo quando telefona ou manda mensagem e o outro não o atende imediatamente, se sente excessivamente inseguro e qualquer pequeno atraso num encontro marcado pode se tornar um verdadeiro pesadelo.
Segundo a teoria analítica, o centro da nossa consciência é chamado de Ego e esse Ego precisa ter o controle do outro quando não temos o controle de nós mesmos, ou seja, projetamos essa necessidade tornando assim o outro um “objeto” de preenchimento de vazio interno.
A posse também faz com que algumas pessoas mesmo após o término de um relacionamento continuem perseguindo o ex mesmo não havendo mais afeto, apenas para não abrir mão do que “deveria” ser exclusivamente seu.
O ciúme e a posse também estão presentes entre amigos, num ambiente profissional, no relacionamento entre pais e filhos, etc.
Os pais que se apossam de seus filhos tendem a fazer chantagens e se colocam como vítimas quando não são atendidos em seus desejos, o que faz com que os filhos se tornem culpados e inseguros carregando o peso da responsabilidade pela alegria dos pais.
É bom lembrar que amor e poder não ocupam o mesmo lugar, assim como não é possível haver amor onde não há liberdade.
Muitas pessoas interpretam que a manifestação do ciúme e posse com cobranças estão ligadas ao amor, porém com o tempo a relação vai se desgastando pois o excesso de insegurança sufoca e gera irritabilidade.
Quando num relacionamento um dos dois começa a se anular e perder sua personalidade, o término se torna eminente.
A vítima do ciumento e possessivo deve sempre procurar estabelecer limites para que não venha a se despersonalizar, assim como manter um diálogo constante afim de mostrar para o outro que ele tem o seu espaço.
É importante também observar o comportamento e perceber se inconscientemente não está despertando fantasias e provocando ciúmes no parceiro (a).
Sentir ciúme e posse dói, desgasta e entristece, portanto a ajuda psicológica é essencial para o desenvolvimento do autoconhecimento e consequentemente a autoestima, pois para que se consiga confiar em alguém primeiro se faz necessário confiar em si mesmo e cultivar o pensamento de que cada um tem o seu espaço, sua importância e singularidade, tornando a confiança uma doação espontânea ao outro.
Para finalizar esse texto, convido os ciumentos e possessivos a fazerem uma reflexão sobre qual é a lógica de viver em um relacionamento em que você não tem paz e vive vasculhando redes sociais e a vida do outro?
O que é que você tanto procura e investiga? Qual a importância de querer tanto achar algo que possa lhe machucar? O que há por trás dessa procura e desconfiança?
Penso que por trás de toda busca há um desejo de encontrar e se há o desejo de encontrar, que escolha é essa que está fazendo para sua vida e sua saúde?
Qual é o sentido de abrir mão dos bons momentos num relacionamento para viver norteado por “fantasmas”, chateações e brigas?
Procure ser leve, procure se cuidar, sorrir, ser autêntico, deseje a paz e seja feliz independente de ter ou não o outro perto, você merece pois é único,  valoroso e singular !!!

Texto escrito por: Helen Cristina Sellmer Zeviani
Psicóloga Clínica – CRP: 06/87036
Contato: (11) 3446-8110 e (11) 99825-6475
Facebook: Psicóloga Helen Sellmer
E-mail: helensellmer@gmail.com

sábado, 7 de janeiro de 2017

Novo Ano

A primeira semana de 2017 está terminando...Como é que você começou esse novo ano?
 
Em meio aos obstáculos da vida é difícil ser positivo mas a vontade de não vivenciar mais as situações difíceis pode gerar a esperança que renova as forças para continuar.
 
Proponha-se a lutar pelo que você acredita, permita-se mudar de idéia também, pense em novas possibilidades, inove, esteja com quem te faz bem, ore, namore, sonhe, trabalhe com prazer, coloque cor no que está cinza, você tem esse poder!!!... Sorria, busque sua paz e zele por você.
 
Caiu ? Levante-se !
 
Pense nos seus objetivos, nos seus sonhos, idealize, acredite, tente, tente de novo, de novo , faça, faça outra vez , sempre em rumo ao sucesso!
 
Contemple o que há ao seu redor, feche os olhos de vez em quando só para se perceber internamente, respire, exercite o desapego, silencie um pouco por dia e também cante porque quem canta os males espanta...Olhe no espelho, veja como você é lindo (a) e especial !!!
 
Seja feliz sem precisar ter um motivo para isso, a felicidade é um estado de espírito...Seja feliz, apesar de...Você merece!!!
 
 Feliz 2017
 
Helen Cristina Sellmer Zeviani´
Psicóloga Clínica
CRP: 06/87036
Contato: (11) 3446-8110 e (11) 99825-6475