Você é o tipo de pessoa que expressa
espontaneamente o que você está pensando e sentindo?
Muitas pessoas reprimem os seus sentimentos
por receio de desagradar alguém, não ser aceito, para não se expor ou até na
intenção de evitar conflitos.
Mesmo tendo uma opinião divergente,
muitas pessoas preferem não expressar, porém esse silêncio acaba gerando muitos
conflitos interiores, desconforto e culpa.
A palavra não expressada não é digerida,
fica ”entalada” e ocasiona uma série de consequências negativas, pois o corpo
encontra uma, outra maneira de expressar o sentimento reprimido, então o
silenciar pode desencadear somatizações como:
·
Estresse;
·
Problemas estomacais;
·
Perda de Cabelo;
·
Agressividade;
·
Depressão;
·
Asma;
·
Ansiedade, etc.
É preciso pensar que o silencio também é
revelador, tão revelador quanto falar sobre o sentimento, pois quem cala fica com
a sensação de ter engolido um sapo e a linguagem corporal pode vir a demonstrar
essa frustração e o outro também percebe que a pessoa que calou não expos tudo
o que gostaria.
Para Jung, reprimir os sentimentos dá
mais força à eles, possibilitando a formação de complexos.
O sentimento de raiva, por exemplo,
quando fica guardado por muito tempo se potencializa e pode vir a ser
expressado de uma maneira inadequada e desfavorável depois , enquanto que se o
sentimento for reconhecido e admitido logo, pode vir a ajudar a pessoa a se construir através deste .
Identificar os sentimentos é muito
importante, assim como entrar em contato com eles é um ato de coragem!
Segundo Jung, impulsos autodestrutivos e
sentimentos socialmente inaceitáveis fazem parte da natureza humana e os
conteúdos que negamos ficam em nossa sombra.
Nossas emoções são a forma como
expressamos nossa percepção e essas precisam ser respeitadas.
Todas as pessoas, tem o direito de ter
sua própria opinião, conceito, valor e anseio e reprimir sentimentos significa
negar isso.
Muitas pessoas negam seus sentimentos
até para si próprias, escondem a sua verdade e escolhem sofrer caladas
impulsionadas pelo medo de desagradar e vir a perder o afeto daquela pessoa a
qual ela irá contrariar ou para proteger o outro da frustração.
As pessoas que estão vivenciando um
relacionamento abusivo também tendem a se calar. Um relacionamento abusivo se dá quando um dos
lados usa seu poder seja ele físico, psicológico ou emocional para controlar o
outro e assim o coloca também diante de situações humilhantes e
constrangedoras, usando da superioridade, possessividade, chantagem emocional e
manipulação.
O problema de expressão verbal pode ter
inicio na infância, quando começamos a construir a base dos nossos
relacionamentos.
Se a criança é criada em uma estrutura
em que não há muito diálogo em casa, em que os pais tem, pouco tempo ou
disposição para lhe ouvir, se a criança convive com pessoas que se irritam facilmente, ela pode incorporar o conceito de que o que
tem a dizer não é importante e enfurece os outros.
Tanto homens como mulheres, crianças
devem de alguma maneira exercitar a expressão dos sentimentos sem pensar que
isso significa demonstrar fragilidade.
Quando a boca cala o corpo fala. Quando
a boca fala o corpo sara!
Texto
escrito por: Helen Cristina Sellmer Zeviani
Psicóloga
Clínica – CRP: 06/87036 SP
Contato:
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