sábado, 13 de agosto de 2016

A importância do Pai


Até o final do século passado, a função do pai na vida de seus filhos tinha um caráter muito voltado ás questões da educação, disciplina e suporte financeiro, porém com a evolução social e cultural o distanciamento vem diminuindo, e apesar do acúmulo de tarefas e exigências do cotidiano, os pais estão cada vez mais conscientes da importância da sua figura presente e participativa na vida de seus filhos, assim as demonstrações de amor e carinho deixam de ter o significado de fragilidade como eram conceituadas antigamente.
 O pai presente e afetivo funciona como uma ponte entre o mundo interno e externo da criança, pois com isso ela desenvolve maiores habilidades exploratórias e sociais, além de que, a simples presença do pai introduz um fator de separação entre mãe e criança que é sadio para o desenvolvimento.
O arquétipo paterno na visão analítica está relacionado ao desenvolvimento da consciência e está no grupo dos arquétipos masculinos de Velho Sábio e Herói.
O pai que acaricia e ouve o seu filho desperta nele a descoberta para a sensibilidade e humanização que auxilia na construção da autoestima, além de promover aproximação e admiração por parte dos filhos.
É fundamental a percepção de que sensibilidade e humanização também pertencem ao masculino e deve ser manifesto.
 
 “Um pai presente é como a luz que guia o peregrino durante sua longa jornada, ajuda a escolher o melhor caminho, oferece o conforto e calor, dá abrigo e segurança nos momentos mais difíceis da vida.
A todos os pais gratidão por reconhecerem em si a importância de serem essa luz na vida de seus filhos” (Luis Alves)
 
 Texto escrito por: Helen Cristina Sellmer Zeviani
  Psicóloga Clínica – CRP: 06/87036SP
  Contato: (11) 3446-8110 e (11) 99825-6475

domingo, 7 de agosto de 2016

Transtorno Obsessivo Compulsivo


O Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) é um transtorno de ansiedade e segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde) o diagnóstico se dá através dos sintomas obsessivos e atos ou pensamentos compulsivos presentes continuamente por pelo menos duas semanas, repetidos desagradavelmente.
O ritual compulsivo surge como uma maneira que a pessoa encontra de aplacar a ansiedade e fugir de uma angústia. É um processo de repetição em que se perde a autonomia e a liberdade.
Os atos compulsivos provocam alívio momentâneo da ansiedade e angústia, por esse motivo a pessoa se torna prisioneira voltando a repetir  por vezes contra a sua vontade consciente, sempre que a ansiedade retorna.
As compulsões causam estresse e vem acompanhadas dos sentimentos de culpa, medo e tristeza, podendo levar a depressão.
Algumas pessoas acham que se não realizarem o ato compulsivo, algo ruim pode vir a acontecer em sua vida. Existe por exemplo, quem acredite que se não lavar as mãos determinadas vezes no dia podem ser acometidas por um acidente.
Há diversas formas de compulsão como por jogos, por compras, álcool, drogas, substâncias psicoativas de forma geral, compulsão alimentar, sexual entre outras.
A compulsão atrapalha muito a vida das pessoas, pois as mesmas passam a usar a fonte de prazer como as compras, alimentação, sexo, etc, como  alívio do que está incomodando internamente, porém esse alívio é momentâneo então a pessoa começa a ter problemas nas suas relações sociais, prejuízos financeiros, diminuição da produtividade, negligencia a atenção com a família e outros, pois sua mente fica com o foco na obtenção do prazer e ato compulsivo que é sua gratificação.
Quem sofre deste sintoma muitas vezes demora a se dar conta, negando as suas compulsões e vindo a percebê-las apenas após se depararem com sérios prejuízos. Muitos correm riscos para satisfazer a compulsão, como por exemplo, no caso da sexual.
Num outro exemplo, na compulsão alimentar (Transtorno Alimentar) há uma busca de preenchimento para o vazio, os anseios, conflitos e medos. 
Segundo a perspectiva Junguiana, a compulsão acontece numa tentativa de regulação da psique.
Quando a pessoa não faz a elaboração psíquica referente ás suas transformações sociais, emocionais e sentimentais ela é submetida a um estado de tensão e excitação que é incapaz de dominar.
Normalmente a compulsão acomete pessoas que são muito rígidas, autocríticas e inflexíveis. Com o aumento das exigências no nosso dia a dia, a quantidade de ocorrências desse problema que causa tanto sofrimento vem aumentando.
A boa notícia é que existe solução para esse transtorno que merece toda a atenção.
O sofrimento não é necessário e pode ser eliminado se houver a busca de um tratamento psicoterapêutico associado com o tratamento medicamentoso que em alguns casos se faz necessário com acompanhamento de um médico psiquiátrico.
É muito importante para o desenvolvimento, tomar a consciência das prisões que nos colocamos na vida e ter coragem de tomar atitude e explorar caminhos e recursos para a libertação.  

Texto escrito por: Helen Cristina Sellmer Zeviani
Psicóloga Clínica – CRP: 06/87036SP
Contato: (11) 3446-8110 e 99825-6475

 
Fonte: Organização Mundial da Saúde
Jung na era das catástrofes – Laplanche e Pontalis, 1999