O Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) é um
transtorno de ansiedade e segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde) o
diagnóstico se dá através dos sintomas obsessivos e atos ou pensamentos
compulsivos presentes continuamente por pelo menos duas semanas, repetidos
desagradavelmente.
O ritual compulsivo surge como uma maneira
que a pessoa encontra de aplacar a ansiedade e fugir de uma angústia. É um
processo de repetição em que se perde a autonomia e a liberdade.
Os atos compulsivos provocam alívio
momentâneo da ansiedade e angústia, por esse motivo a pessoa se torna
prisioneira voltando a repetir por vezes contra
a sua vontade consciente, sempre que a ansiedade retorna.
As compulsões causam estresse e vem
acompanhadas dos sentimentos de culpa, medo e tristeza, podendo levar a depressão.
Algumas pessoas acham que se não realizarem o
ato compulsivo, algo ruim pode vir a acontecer em sua vida. Existe por exemplo,
quem acredite que se não lavar as mãos determinadas vezes no dia podem ser
acometidas por um acidente.
Há diversas formas de compulsão como por
jogos, por compras, álcool, drogas, substâncias psicoativas de forma geral,
compulsão alimentar, sexual entre outras.
A compulsão atrapalha muito a vida das
pessoas, pois as mesmas passam a usar a fonte de prazer como as compras,
alimentação, sexo, etc, como alívio do que está incomodando
internamente, porém esse alívio é momentâneo então a pessoa começa a ter problemas
nas suas relações sociais, prejuízos financeiros, diminuição da produtividade, negligencia
a atenção com a família e outros, pois sua mente fica com o foco na obtenção do
prazer e ato compulsivo que é sua gratificação.
Quem sofre deste sintoma muitas vezes demora
a se dar conta, negando as suas compulsões e vindo a percebê-las apenas após se
depararem com sérios prejuízos. Muitos correm riscos para satisfazer a
compulsão, como por exemplo, no caso da sexual.
Num outro exemplo, na compulsão alimentar
(Transtorno Alimentar) há uma busca de preenchimento para o vazio, os anseios,
conflitos e medos.
Segundo a perspectiva Junguiana, a compulsão
acontece numa tentativa de regulação da psique.
Quando a pessoa não faz a elaboração psíquica
referente ás suas transformações sociais, emocionais e sentimentais ela é
submetida a um estado de tensão e excitação que é incapaz de dominar.
Normalmente a compulsão acomete pessoas que
são muito rígidas, autocríticas e inflexíveis. Com o aumento das exigências no
nosso dia a dia, a quantidade de ocorrências desse problema que causa tanto
sofrimento vem aumentando.
A boa notícia é que existe solução para esse
transtorno que merece toda a atenção.
O sofrimento não é necessário e pode ser
eliminado se houver a busca de um tratamento psicoterapêutico associado com o
tratamento medicamentoso que em alguns casos se faz necessário com
acompanhamento de um médico psiquiátrico.
É muito importante para o desenvolvimento,
tomar a consciência das prisões que nos colocamos na vida e ter coragem de
tomar atitude e explorar caminhos e recursos para a libertação.
Texto
escrito por: Helen Cristina Sellmer Zeviani
Psicóloga
Clínica – CRP: 06/87036SP
Contato:
(11) 3446-8110 e 99825-6475
Fonte: Organização Mundial da Saúde
Jung na era das catástrofes – Laplanche e
Pontalis, 1999
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